sexta-feira, janeiro 20

Tua beleza me povoa e ora sou terra desabitada, ora sou entrega e rendição. Tua beleza é um exército inimigo e bem-vindo que tem meus territórios em constante estado de alerta. Tua beleza entra pelos buracos da parede junto com o óleo do sol do fim da tarde e unge minha cabeça, meu cálice transborda. Tua beleza põe em risco uma por uma das minhas certezas e torna engano o que era convicção, abismo onde um dia eu tive chão.

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